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sexta-feira, 18 de junho de 2021

UEM - Maringá: Projeto do PEA/Nupélia/UEM mostra colapso de espécies devido às barragens

CAMILA CANTOIA DORNA 

Estudo ganhou visibilidade internacional após ser publicado na renomada revista britânica Biology Letters

Resultado de 20 anos de trabalho desenvolvido por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) ganhou destaque internacional na revista Biology Letters, vinculada à renomada The Royal Society. A pesquisa está vinculada ao Departamento de Biologia (DBI) e ao Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) da universidade.

O artigo intitulado "Declínio generalizado de insetos aquáticos subtropicais ao longo de 20 anos impulsionado pela transparência da água, peixes não-nativos e desequilíbrio estequiométrico" faz parte do projeto Pesquisas Ecológicas de Longa Duração - PELD, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e desenvolvido na planície de inundação do Alto Rio Paraná, divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul, onde o Nupélia tem a Base Avançada de Pesquisas.

Desenvolvido com parceria internacional, o projeto revelou que as hidroelétricas estão causando um declínio generalizado dos insetos que vivem na água, os quais desempenham uma enorme variedade de funções nos ecossistemas aquáticos e terrestres, o que inclui a polinização de áreas agrícolas, a realização do controle de pragas e a disponibilidade de alimento para outros animais.

Roger Paulo Mormul, pesquisador do PEA/Nupélia explica que a região tropical e subtropical possui a maior biodiversidade do planeta, no entanto, também está entre as mais ameaçadas, segundo ele, devido às atividades humanas.

Ainda de acordo com Mormul, no Rio Paraná e seus afluentes estão instaladas mais de 130 barragens, as quais têm causado alterações na qualidade da água, ciclagem de nutrientes e introdução de espécies não-nativas, como peixes que se alimentam dos insetos. “Assim, o declínio que registramos ocorre devido às alterações ambientais causadas pelas hidroelétricas. As consequências desse declínio são catastróficas e podem ser tão terríveis que a comunidade científica tem chamado de “apocalipse dos insetos””, conclui Roger Paulo Mormul.

Além de Mormul, participaram da pesquisa Dieison Moi, da UEM; Gustavo Romero e Pablo Antiqueira, da Universidade de Campinas (Unicamp); Pavel Katrina e Liam Nash, da Queen Mary University of London.

Sobre a The Royal Society

É a mais antiga sociedade científica do Reino Unido, em continua existência, e dedicada a promover a excelência na ciência para o benefício da humanidade. 


Fonte: CAMILA CANTOIA DORNA (UEM Imprensa)

Matéria postada pelo jornalista Claudinei Prado - MTPS 23.455/SP e IFJ 674 BR

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