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quarta-feira, 28 de maio de 2025

FIM DO MISTÉRIO - Florin Eduard: a peregrinação do homem da túnica vermelha

(c) - Foto de Dirceu Portugal

Por: Dilmercio Daleffe – Nós Humanos

Em 2023, um homem de aproximadamente 60 anos, vestido com uma túnica branca, barba longa e grisalha, carregando um carrinho de feira, chegava ao município de Chuvisca, no Rio Grande do Sul. Lá, foi acolhido na Casa Paroquial pelo Padre Gerson Schmidt, onde permaneceu por uma semana. 


O homem em questão era Florin Eduard, o mesmo que se veste, agora, de vermelho e que vem despertando a curiosidade de muita gente em Campo Mourão. E, mesmo não conversando com ninguém, já se sabe que o romeno carrega apenas a paz.


Ao seu lado por sete dias, o padre Gerson disse que se trata de uma pessoa de boa índole. “Ele tem um bom coração. Tem alguns costumes ou fixações. Fala de Deus. Cita frases bíblicas. Vai à missa. Ou seja, uma pessoa inofensiva”, afirmou. Segundo ele, ninguém deve ter receio de conversar ou oferecer ajuda. “Florin mantém o desejo de apenas continuar peregrinando pelo mundo, sem grandes ideais”, explicou.



Nos dias em que ficou na Casa Paroquial, Florin teria confidenciado que possui uma filha, de um casamento que não deu certo. Depois disso, se tornou um peregrino, caminhando por vários países antes de aqui chegar. “Ele me disse que após muitos anos na estrada, a minha acolhida a ele foi a segunda que já recebeu. Antes ficava apenas em galpões”, disse o Padre.


Possivelmente, Florin adentrou ao Brasil pelo Uruguai, ainda em 2023. Caminhou até Porto Alegre. Depois à Camaquã. E a seguir, Chuvisca. Após deixar a Casa do Padre, foi a Dom Feliciano, onde também foi acolhido por um pároco. “Soube dias depois que, ao chegar em Encruzilhada do Sul houve uma grande confusão lá. Parece que as beatas não deixaram que ele entrasse na igreja”, informou.


Padre Gerson, que é jornalista e colaborador do Vaticannews, revelou que Florin mantinha uma grande obsessão pelo branco. “Tanto é que troquei os lençóis dele por brancos. Embora comesse frutas vermelhas. A verdade é que se trata de uma pessoa pura. Ele é um grito de paz. Não aceita carona, dinheiro e é desapegado das coisas”.



A entrada dele ao Brasil não aconteceu via aeroportos. Uma fonte da Polícia Federal afirmou não existir nenhum registro. Certamente, adentrou a pé, pelo Uruguai. E, desde então, vem caminhando pelas estradas do Sul. Já são dois anos dos primeiros relatos no Rio Grande do Sul. E somente agora, em 2025, quando chegou ao Paraná. No início do ano estava em Cascavel. Depois Toledo. E atualmente, em Campo Mourão.


Como a um passageiro sem destino, o homem da túnica vermelha e chinelos, vem despertando a curiosidade dos usuários do terminal rodoviário de Campo Mourão. Passando grande parte do dia ali, sentado nas cadeiras, ninguém ainda sabe sobre a sua história. E a bem da verdade, não saberá. A reportagem foi até ele. Mas disse pouco. Não quis papo.


Segundo relatos, Florin passa as manhãs, tardes e noites nos bancos. Saindo apenas durantes alguns momentos do dia, muito possivelmente, para se alimentar. “Ele come apenas alimentos vermelhos”, contou um profissional que ali trabalha. 



Segundo ele, dias desses estava a saborear uma melancia inteira. Quieto e sem dialogar com nenhuma pessoa, o homem não incomoda. Não faz mal a ninguém. A bem da verdade, trata-se apenas de um peregrino, cujas razões e missões, cabem apenas a ele mesmo.


Ainda em março, ele foi abordado pela Guarda Municipal de Toledo. Momento em que apresentou um documento de identidade da Romênia. Como em Campo Mourão, estava no terminal rodoviário local. Contra ele, não havia nenhuma ordem de prisão ou detenção. Segundo um dos policiais, Florin fala português e possui bastante conhecimento. “Ele inclusive nos questionou do por que não poderia ficar ali, já que não estava fazendo nada de errado”, comentou o policial.


Florin carrega um pequeno carrinho de cargas. E nele, diversos objetos, como sacolas e trouxas. Ele não quis falar sobre a sua história. Disse não desejar ser retratado. Fala baixinho e se assemelha à figura de um profeta. Enquanto isso, chega ônibus, sai ônibus, o homem da túnica vermelha continua ali. A esperar sabe Deus o que. (Por: Dilmercio Daleffe - foto Dirceu Portugal).



Fonte: Goio News- www.goio.news

Postagem do jornalista Claudinei Prado - MTPS 23.455/SP e IFJ 674 BR.


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