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sábado, 16 de março de 2019

Delegada faz alerta sobre os efeitos da pornografia no cérebro das crianças

Aline Manzatto é ex-delegada do Nucria e, hoje, delegada do 12º DP de Curitiba.
A pornografia está entrando na vida de crianças e adolescentes de forma silenciosa e, cada vez mais, violenta. “São fotos, vídeos… que tem cenas de sexo, estupro coletivo, pedofilia, incesto… aberrações e tudo isso que a criança ou adolescente consegue encontrar na internet, nas redes sociais de forma gratuita e o efeito pode ser devastador: pode acabar com vida de crianças e adolescentes”, afirmou a ex-delegada do Nucria e, atualmente, delegada do 12º DP de Curitiba, Aline Manzatto, ao falar nesta semana na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) sobre os efeitos da pornografia no cérebro de crianças e adolescentes.

A delegada abordou o tema durante a reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência (Criai), presidida pelo deputado estadual Cobra Repórter (PSD). Na ocasião foi apresentado o Plano de Ação e o Regime de Metas da Criai em 2019. “São dados assustadores, que chocam, e temos a obrigação de fiscalizar, trabalhar para combater essa triste realidade”, frisou o parlamentar. De acordo com a delegada, as estatísticas mostram que os principais consumidores de pornografia são crianças e adolescentes de 12 a 17 anos, sendo que 90% dos meninos acima dos 12 anos assistem pornografia pela internet. A delegada explicou as consequências disso: “Nos meninos, podem ter dois efeitos: causar medo excessivo dos mais inseguros sexualmente uma vez que não tem a mesma desenvoltura encontrada nos vídeos. Já os mais confiantes imitam o que assistem nos vídeos que é o abuso excessivo, o sexo violento… tornando-se potenciais agressores”.

Pesquisa – Quanto às meninas, ela explica que se sentem fisicamente inferiorizadas, porque não conseguem estar à altura dos corpos perfeitos das atrizes dos vídeos pornográficos. Para se tornarem atraentes, alteram as formas de agir, vestir… A delegada explica que, desta forma, as garotas permitem fazer vídeos e “nudes”. Ela contou que esteve à frente do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes de 2013 a 2016. Em 2015, disse que percebeu um aumento significativo da violência sexual contra crianças e adolescentes e no número de casos de pedofilia. Foi aí que resolveu fazer um estudo de artigos e sites relacionados ao tema.

Em sua pesquisa, a delegada conta que estudou os efeitos do consumo da pornografia no cérebro. “Através de ressonâncias magnéticas, foi constatado que há um aumento da atividade cerebral na área da recompensa que se equivale às pessoas que são viciadas em drogas como cocaína e heroína. A pornografia é viciante, é vista como a droga do século XXI”, disse Aline Manzatto. A delegada conclui que esse cenário pode explicar o aumento da pedofilia, estupros, violência contra a mulher e, por fim, o feminicídio. “Com isso, uma sugestão para a Criai: que haja intervenção urgente sobre os efeitos da pornografia. Uma abordagem sexual para que sejam avisados dos malefícios e periculosidade que a pornografia é atualmente”, alertou.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa do Paraná

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