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sábado, 30 de março de 2019

Pesquisadores monitoram orca idosa que está passando fome no Canadá

Uma orca com idade avançada que estava à beira da morte no final de 2018 ainda está viva, embora sua saúde permaneça em estado precário, de acordo com especialistas que a viram nadando na costa oeste do Canadá.

Entre dezembro e janeiro, pesquisadores que acompanharam a comunidade J – um dos três grupos de orcas da espécie Orcinus orca que nadam pelos Estados Unidos e Canadá – notaram que uma orca de 42 anos, conhecida como J17 , não estava bem.

J17 tinha “cabeça de amendoim”, condição que evidência que ela não estava se alimentando o suficiente. “Não é um bom sinal quando as orcas começam a perder a gordura em volta de suas cabeças”, informou Jane Cogan, voluntária do Centro de Pesquisa de Baleias, à KUOW, estação de rádio pública de Seattle.

Os cientistas ficaram entusiasmados quando avistaram J17 no dia 22 de março, enquanto navegavam no Estreito de Haro, na costa da ilha de Vancouver, no Canadá. Naquela manhã, eles descobriram que a comunidade J “estava muito espalhada em pequenos grupos e ainda se dirigia lentamente para o sul”.

ORCA IDOSA J17, DE 42 ANOS, FOI VISTA NOS CANAIS DE HARO STRAIT EM 22 DE MARÇO DE 2019 (FOTO: CENTER FOR WHALE RESEARCH, WHALERESEARCH.COM)
Na ocasião, os pesquisadores viram algumas orcas nadando para a superfície do oceano e soltando ar pelos seus respiradouros. “Surpreendentemente, os borrifos vieram de J17 e J53”, eles descreveram em um relatório, publicado no site Center for Whale Research (CWR). “J17 ainda estava viva e melhorou sua condição corporal.”

No entanto, a saúde de J17 segue preocupante. “Sua respiração ainda cheira mal”, eles acrescentaram.

A respiração das orcas pode revelar se o animal está infectado com doenças prejudiciais, segundo estudo publicado em 2017 na revista Scientific Reports. Na pesquisa, especialistas coletaram ar exalado das três comunidades de orcas que nadam entre os EUA e Canadá. Eles descobriram que as amostras continham bactérias e fungos capazes de causar enfermidades.

As doenças, a escassez de alimentos, a poluição dos oceanos e os ruídos provocados pelo homem estão ameaçando as orcas. Isso ajuda a explicar por que esses animais foram listados como ameaçados pelo Canadá em 2001 e pelos EUA em 2005. Em janeiro de 2019, havia 75 na população de Orcas Residentes do Sul: 22 na comunidade J, 18 na comunidade K e 35 na comunidade L.

O número marca uma baixa de 35 anos para as residentes do sul: três morreram em 2018, incluindo J50, outra orca que teve “cabeça de amendoim” e foi encontrada morta em setembro passado. Outra vítima foi o neto de J17, que morreu ainda filhote – sua filha, J35 (também conhecida como Tahlequah), empurrou o cadáver do bebê por 1,6 mil quilômetros ao longo de 17 dias.

De acordo com o CWR, há esperanças. Um filhote da comunidade L foi descoberto em janeiro e acredita-se que ainda esteja vivo. Além disso, Jay Inslee, governador do estado norte-americando de Washington, propôs um plano de bilhões de dólares para salvar as orcas, que inclui restaurar o habitat do salmão que elas comem, proibir a observação de orcas ameaçadas e investir em balsas elétricas silenciosas, segundo reportou a rádio KUOW.

Fonte: Revista Galileu
Retirado do Site: www.ambientebrasil.com.br
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