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sábado, 21 de março de 2020

Peças de Lego podem durar até 1300 anos no oceano, diz estudo

Uma pecinha de Lego pode sobreviver no oceano por até 1300 anos, segundo uma nova pesquisa publicada no Environmental Pollution. O estudo, liderado pela Universidade de Plymouth, no Reino Unido, examinou a resistência do brinquedo com base em sua composição química e massa.

Pesquisadores do Reino Unido analisaram a resistência do brinquedo com base em sua composição química e massa. Conclusão: ele dura muito tempo e pode se transformar em microplástico
Para realizar o trabalho, 50 peças de Lego encontradas em uma praia da Inglaterra e que estavam desgastadas pelo tempo foram lavadas e pesadas. O brinquedo, originalmente feito de acrilonitrila butadieno estireno (ABS), foi testado quimicamente para que os especialistas pudessem determinar a idade das pecinhas.

“As peças que testamos tinham suavizado e descolorido, com algumas das estruturas fraturadas e fragmentadas, sugerindo que, além de peças intactas, elas também podem se transformar em microplásticos”, disse Andrew Turner, um dos pesquisadores, em comunicado.

Após os testes, os cientistas constataram que o Lego encontrado foi fabricado em algum momento entre as décadas de 1970 e 1980. Isso os permitiu deduzir que, pelo nível de decomposição dos objetos, eles podem durar de 100 a 1300 anos nos oceanos.

“O Lego é um dos brinquedos infantis mais populares da história e parte do apelo sempre foi sua durabilidade. Ele foi projetado especificamente para ser jogado e manuseado, portanto, não é de surpreender que, apesar de estar no mar por décadas, não esteja significativamente desgastado. No entanto, a extensão total de sua durabilidade foi até uma surpresa para nós”, observou Turner.

“Mas uma pecinha de Lego é muito pequena”, alguém poderia argumentar. De fato, o tamanho pode não ser grande coisa, mas sua quantidade é. Segundo a empresa que produz o brinquedo, 75 bilhões de peças de Lego são vendidas todos os anos. Se considerarmos que algumas são descartadas corretamente ou reutilizadas, ainda estima-se que existam 62 pecinhas de Lego para cada pessoa no planeta.

Para os especialistas, a durabilidade do brinquedo e o longo tempo que as pecinhas demoram para desaparecer são um alerta para a humanidade. “[Nosso estudo] enfatiza a importância das pessoas descartarem os itens usados ​​adequadamente para garantir que eles não apresentem problemas em potencial ao meio ambiente”, destacou Turner.

Em seu site a LEGO recomenda que quem deseja se desfazer de suas peças de brinquedo doe a outras pessoas ou a uma instituição de caridade. A empresa garante também que os produtos que não se encaixam nos padrões de qualidade não são jogados fora. “Podemos triturá-los para se transformarem em novas peças”, diz a companhia. Outras medidas adotadas pela empresa são usar materiais descartados para gerar energia ou, quando um mesmo modelo é feito em grandes quantidades, ele é doado para instituições de caridade de todo o mundo.

Fonte: Revista Galileu
Retirado do site: www.ambientebrasil.com.br
O maior portal de internet de meio ambiente do Brasil

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